segunda-feira, 24 de maio de 2010

Embrapa lança cultivares de soja para Norte e Nordeste no 9ª AgroBalsas no Maranhão

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte (Fapcen), irá lançar duas cultivares de soja (BRS 325RR e BRS 326) específicas para as regiões Norte e Nordeste do Brasil, durante o 9 Agrobalsas, que será realizado na Fazenda Sol Nascente, em Balsas, no Maranhão, entre 25 e 28 de maio.
A cultivar de soja BRS 325RR tem como diferencial a tolerância ao herbicida glifosato, o que a torna uma opção para as áreas com infestação por plantas daninhas. Além disso, possui elevado potencial produtivo e ainda resistência às principais doenças da soja.
A BRS 325RR é indicada para a semeadura no sul do Maranhão, sudoeste do Piauí e norte do Tocantins. De acordo com a pesquisadora Mônica Zavaglia Pereira, da Embrapa Soja, a nova cultivar é tolerante ao vírus da necrose da haste, doença que provoca a morte da planta. O vírus é disseminado pela mosca-branca, cuja população é grande nas regiões Norte e Nordeste. “A BRS 325RR reúne várias características que podem trazer benefícios aos produtores destas regiões”, esclarece.
A cultivar de soja BRS 325RR apresenta ainda ciclo médio de maturidade (entre 115 a 124 dias, da semeadura a colheita). Segundo a pesquisadora, a vantagem desse ciclo é que ele possibilita, depois da colheita da soja, a introdução de uma cultura de cobertura do solo. “No período de entressafra não há chuvas nesta região. Portanto, as últimas chuvas devem ser aproveitadas para que se introduza plantas que não deixem o solo em pousio”, explica.
A outra cultivar que será lançada é a BRS 326, soja convencional, que tem como vantagem a precocidade aliada a um elevado potencial produtivo. Por ser uma soja precoce (ciclo de 109 - 117 dias), outra vantagem apresentada é que ela pode ser inserida na programação que o produtor faz em relação ao cultivo do milho safrinha, seguido da soja.
“Além disso, esta cultivar tem estabilidade na altura de plantas, o que possibilita o plantio em áreas de baixas altitudes e moderada resistência ao nematóide formador de galhas Meloidogyne javanica”, afirma Mônica. A cultivar é indicada para a semeadura no Maranhão, sudoeste do Piauí e norte do Tocantins.

Fonte: Globo Rural.

domingo, 23 de maio de 2010

Câmara aprova perdão a dívidas rurais de até R$ 10 mil

Medida provisória deve beneficiar cerca de 263 mil agricultores
O Plenário concluiu nesta quarta, dia 19, a votação das emendas do Senado à Medida Provisória 472/09, que concede incentivos fiscais a diversos setores da economia. A principal mudança aprovada pela Câmara é o perdão para dívidas rurais de até R$ 10 mil. A matéria segue para sanção presidencial.

O perdão beneficiará as dívidas relativas a empréstimos concedidos com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) ou lastreados em outras fontes com risco da União.

Cerca de 263 mil agricultores deverão ser beneficiados, entre os que têm ou não dívidas já renegociadas. Isso significará uma renúncia de R$ 1,5 bilhão, mas os custos da cobrança seriam ainda maiores, segundo o Executivo.

Quem tiver débitos superiores a R$ 10 mil também poderá quitá-los até 30 de novembro de 2011. Na região de atuação da Sudene, o desconto será de 65% sobre o saldo devedor atualizado. O desconto subirá para 85% no caso dos municípios do semiárido, do norte do Espírito Santo e de Minas Gerais e dos vales do Jequitinhonha (MG) e do Mucuri (MG). Cerca de 68 mil pessoas poderão ser beneficiadas com os descontos para quitação.

Dívida ativa

Os deputados aprovaram também emenda que reabre os prazos para inclusão de débitos na dívida ativa da União para renegociação. O prazo legal havia terminado em 30 de novembro do ano passado e a nova data é 31 de outubro de 2010.

A emenda reabre ainda os prazos para os produtores de cacau da Bahia aproveitarem descontos para quitarem as dívidas renegociadas com base na Lei 11.775/08. Os prazos acabaram em dezembro do ano passado e a emenda concede novo prazo até 30 de dezembro de 2010.

Cana-de-açúcar

Outra emenda incluída no texto concede nova subvenção aos produtores de cana-de-açúcar da região Nordeste para a safra 2009/2010. A primeira subvenção havia sido dada para a safra anterior (2008/2009).

O valor que o plantador receberá será de R$ 5 por tonelada de cana, com limite de 10 mil toneladas por produtor - que receberá o dinheiro diretamente ou por meio de cooperativa.

Plataformas

A Medida Provisória também cria o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Repenec). Uma emenda aprovada inclui, no benefício, as obras de infraestrutura no setor de indústria naval destinadas à construção de navios, diques flutuantes e plataformas petrolíferas.

O Repenec suspende tributos, durante cinco anos, para estimular a instalação da indústria petroquímica nessas regiões. O benefício valerá para a compra ou importação de máquinas, equipamentos e materiais de construção.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Semente resistente à seca estará disponível em 2015


Agência Estado- O diretor de assuntos corporativos da Monsanto, Rodrigo Almeida, estimou nesta quarta-feira (12) que os produtores brasileiros terão acesso a variedades de sementes resistentes à seca em 2015. Nos Estados Unidos, essas sementes devem estar disponíveis um pouco antes, em 2014. Plantadas, essas sementes resistirão a um período de até 45 dias sem chuvas. Quando voltar a chover, as plantas voltarão a se desenvolver normalmente, com perdas muito pequenas, de cerca de 30%, calculou..

Durante o debate "O papel da América Latina alimentando o mundo em 2050", Almeida avaliou que a oferta dessas sementes favorece, principalmente, os pequenos agricultores. "Hoje, quando esse produtor enfrenta uma seca, ele não tem muito o que fazer", afirmou. Do ponto de vista ambiental, ele disse que a Monsanto tem tecnologia para fixação de nitrogênio no solo, o que significa redução de custos.

Ele contou que a Monsanto fixou a meta de dobrar a produtividade das lavouras de soja, milho e algodão do mundo todo até 2030. "A meta é muito desafiadora", disse. "Nós não vamos fazer isso com o mesmo recurso. Vamos usar 1/3 menos de água, terra, energia. Ou a gente faz dessa forma ou não fazemos", afirmou ele, lembrando que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é parceira da Monsanto nesse desafio.

Na mesa-redonda, Almeida disse que o debate sobre tecnologia não pode ser contaminado por aspectos ideológicos. "Por que misturar tecnologia com ideologia?", questionou. Ele disse que o pequeno agricultor é o grande beneficiado pela biotecnologia. "O grande produtor tem recursos. O pequeno não tem dinheiro para comprar máquinas, inseticidas e para contratar agrônomos", completou.

De acordo com ele, no Brasil são 217 mil produtores de milho na safra de verão. Os produtores de soja somam 96 mil e 11 mil agricultores plantam algodão. Almeida acrescentou que o Brasil estava atrasado em termos de biotecnologia, mas lembrou que, desde 2005, está sendo autorizado o uso de novas tecnologia.

Segundo ele, a safra atual de milho é a terceira em que estão sendo usadas sementes geneticamente modificadas. No caso da soja, este é o quinto ano de cultivo geneticamente modificado. De acordo com ele, é o quarto ano do algodão transgênico no Brasil.

Almeida citou o exemplo de agricultores do Rio Grande do Sul, que cultivam milho e fumo. "Eles plantam em regiões de pequenos aclives, onde é difícil aplicar inseticida", afirmou. "A tecnologia mudou a vida dessas pessoas. Elas não têm que se preocupar com as lagartas. Sobrou tempo e elas compraram vacas ou fizeram outras lavouras", completou.
Bem Paraná
Fonte: site agrolink.com

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cultivar de soja da Embrapa com resistência à ferrugem chega ao mercado

A partir da safra 2010/11 estará disponível para comercialização ao produtor uma nova cultivar da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que tem resistência parcial à ferrugem asiática. A BRS 7560, lançada no ano passado, vai começar a ser plantada em cultivo comercial nesta safra 2010/2011. Para o pesquisador da Embrapa Cerrados – unidade da Embrapa localizada em Planaltina (DF) – Austeclínio de Farias Neto, a cultivar tem grande potencial na luta contra a doença que gerou um custo de US$ 1,74 bilhões na safra 2008/2009, segundo o Consórcio Antiferrugem.

“A principal vantagem dessa cultivar é que ela apresenta uma boa resistência à ferrugem”, comenta Austeclínio, que atuou na pesquisa de desenvolvimento da BRS 7560. Como conseqüência, ela apresenta menores danos e perdas de rendimento diante da doença. “Em contato com a ferrugem, a planta desenvolve um tipo de lesão de resistência, em que quase não há esporulação do fungo”, explica.

Devido a essa característica, a cultivar tem mais estabilidade de produção em situações de presença da doença, especialmente quando as condições climáticas não permitem que fungicida seja aplicado no momento mais propício. “Com a BRS 7560, o produtor não deixa de usar o produto, mas há uma redução do número de aplicações”, disse. Outra vantagem é que a cultivar tem ciclo precoce e é bem adaptada à região do Cerrado.

Outras cultivares – Para o plantio na safra 2010/2011, também chegam ao mercado outras duas cultivares da Embrapa: BRS Juliana e BRS Gisele. Ambas são transgênicas, possuem boa resistência a nematóide de galha e são bem adaptadas a regiões de baixa latitude, como a Bahia, Maranhão e Piauí. Segundo Auteclínio, as duas têm o ciclo tardio, com grau de maturidade em torno de 9.0. “Temos boas perspectivas de que elas sejam bem plantadas na região”, enfatiza o pesquisador. As informações são de assessoria de imprensa.

Agrolink

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Escoamento da soja preocupa agricultores maranhenses

A colheita da soja no sul do Maranhão está terminando e os agricultores comemoram a boa safra. A preocupação agora é com o escoamento do produto. As estradas estão em péssimas condições e, por conta disso, o custo do frete aumentou.

Os agricultores maranhenses estão colhendo 1,127 milhão de toneladas de soja. São 15% a mais que no ano passado segundo a Conab, Companhia Nacional de Abastecimento.

O agricultor Nicodemus Guimarães plantou 6,5 mil hectares com soja no município de São Domingos do Azeitão, na região sul do Estado. A falta de caminhões para transportar os grãos provocou atraso na colheita.

“Eu acho que é excesso de produtividade no Brasil. Os caminhões do Sul, como sempre, vem para o Nordeste nesta época de colheita”, falou seu Nicodemus.

Outro fator está complicando a vida dos agricultores. As estradas da região estão em péssimo estado. A BR-324 vai de Balsas, no Maranhão, a Salvador, na Bahia. Pelo trecho maranhense, de 120 quilômetros, são transportadas cerca de 300 mil toneladas de soja.

O caminhoneiro João Tavares ficou no meio da estrada. “É devagarzinho, segurando direto. Não tem estrada, não”, disse.

Os agricultores maranhenses gastam até R$ 50,00 para transportar uma tonelada de soja por um percurso de cem quilômetros entre a lavoura e o armazém.

O seu Paulo Dalforno semeou 4,9 mil hectares de soja no cerrado maranhense. Metade das lavouras fica no município de Loreto, ás margens da BR-324. Por causa das estradas, as despesas com frete subiram 15% este ano.

“Muitos caminhoneiros não querem puxar esta safra acaba estragando os caminhões e estourando pneu. Eleva muito o custo dessa produção pra escoamento”, falou Dalforno.

Essa rodovia é conhecida como BR e seria de responsabilidade federal. Mas, o Denit, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, não reconhece que a estrada seja da União. O órgão informou que a pavimentação da rodovia está em fase de planejamento, mas não há data prevista para o início da obra.

Globo Rural
Fonte: Site Agrolink. com

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Laser poderá 'fazer chover' no futuro

Uma tecnologia baseada no laser pode ser a solução para regiões que sofrem com a falta de chuva. Segundo físicos, disparos de rajadas de laser no ar podem desencadear a formação de gotículas e, consequentemente, estimular uma tempestade no futuro.

O cientista Jerome Kasparian, da Universidade de Genebra, na Suíça, e sua equipe de pesquisa buscam, há décadas, uma maneira "amigável" de "semear nuvens" sem comprometer o meio-ambiente. Uma das técnicas mais comuns baseia-se na emissão de partículas de iodeto de prata no ar, conhecida e testada há 50 anos.

Embora esteja envolvido no estudo há décadas, para Kasparian o método atual não é eficiente o bastante, já que substâncias artificiais são emitidas no ambiente. "Ainda há muitas preocupações sobre o quão seguro é esse procedimento", explicou o físico.
A utilização da tecnologia do laser, no entanto, pode servir como um meio alternativo ao método pesquisado pelo especialista suíço. Disparando um feixe de energia através de uma câmera de nuvem atmosférica, um canal de nitrogênio e moléculas de oxigênio ionizado é criado. Esse processo é capaz de causar uma condensação, assim como o que ocorre quando partículas de iodeto de prata são lançadas ao ar.
Kasparian testou o processo em condições reais disparando lasers de alta potência nos céus de Berlim, na Alemanha. Ele percebeu que o grau de umidade no trajeto feito pelo laser foi consideravelmente maior.
Roland Sauerbrey, um físico do Centro de Pesquisa FZD Dresden-Rossendorf, na Alemanha, ficou impressionado com os resultados e disse que essa foi a primeira vez que o laser foi utilizado para causar um processo de condensação em um ambiente externo.
O objetivo dos cientistas, agora, é investigar uma maneira segura de criar a condensação em uma área mais ampla. A expectativa dos estudiosos é que no futuro seja possível causar, de forma artificial, chuvas em locais secos. A pesquisa foi publicada na última edição do periódico Nature Photonics.

Fonte: Site da revista Veja.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Inoculante reduz a aplicação de fertilizante na cultura do milho

A ação de bactérias benéficas também vem sendo testada na cultura do milho.  A Embrapa Agrobiologia, em parceria com a Embrapa Roraima, Embrapa Milho e Sorgo e Embrapa Cerrados, desenvolveu um inoculante (biofertilizante) que foi testado durante três anos consecutivos com bons resultados em diferentes regiões brasileiras.
Utilizando variedades desenvolvidas e adaptadas às condições de solo e clima, os resultados dos testes apontam para uma redução de cinqüenta por cento da dose de fertilizante aplicado à cultura, sem queda de produtividade. De uma forma geral, podemos reduzir o custo de produção em 7,5%, e ainda minimizar  os danos ao meio ambiente causados pela aplicação do fertilizante nitrogenado.  Para se ter uma idéia da redução de custo de produção, os resultados obtidos na região norte pela Embrapa Roraima, mostraram que a inoculação das sementes da cultivar BRS1010 diminuiu os gastos em trezentos reais por hectare.

O inoculante produzido pela Embrapa Agrobiologia, além de proporcionar a diminuição do uso de fertilizantes nitrogenados, aumenta a resistência a estresses ambientais como o hídrico e a absorção de outros nutrientes do solo. Este efeito ocorre porque a bactéria produz  fitohormônios, o que promove um aumento da raiz da planta inoculada, possibilitando uma maior absorção de água e nutrientes do solo.  

A bactéria utilizada neste inoculante, chamada Herbaspirillum seropedicae, foi obtida de amostras de raízes de cereais e descoberta em 1986 pela Embrapa Agrobiologia. Este microrganismo pode reduzir o nitrogênio atmosférico através da ação de uma enzima chamada nitrogenase, que faz o processo biológico utilizando como fonte de carbono, o que a planta capta através da energia solar.

Fonte: Embrapa.